segunda-feira, 26 de maio de 2008

Para viver mais, passe mais tempo com os jovens.

CHICAGO, EUA (AFP) - Esqueça-se das dietas radicais, ou dos hormônios de crescimento. Para ter vida longa, os pesquisadores recomendam que se passe mais tempo com os mais jovens, de acordo com um estudo em animais divulgado nesta segunda-feira.

O estudo, publicado nos anais da Academia Nacional de Ciências, foi feito com moscas de frutas e se baseia em investigações anteriores, segundo as quais a interação com membros mais jovens da espécie teria um papel no envelhecimento saudável, tanto em humanos quanto em animais.


Para o experimento, os pesquisadores criaram membros de uma espécie mutante de mosca, de vida curta. Alguns foram deixados sozinhos e outros, na companhia de outro grupo de moscas mais jovens, de espécie idêntica, mas que vive mais tempo.


Descobriu-se, então, que as moscas mutantes criadas junto com as mais jovens viveram o dobro das mutantes que conviveram com outras mutantes.


Outras experiências mostraram que as mutantes criadas com as mais jovens melhoraram suas respostas físicas e sobreviveram melhor ao estresse ambiental, em comparação com o outro grupo.


Os resultados mostram que a interação social com membros mais jovens da espécie confere benefícios fisiológicos, pelo menos para as moscas de fruta mutantes, disse o autor do estudo, Chun-Fang Wu, professor de Biologia da Universidade de Iowa.


Ainda não está claro qual é o mecanismo de ação.


Uma resposta para essa questão pode ter implicações para a saúde humana e, fundamentalmente, no conhecimento das doenças ligadas à idade, como o mal de Parkinson, Huntington, ou Alzheimer.

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