sexta-feira, 2 de maio de 2008

Como usar o Estresse para lhe dar Felicidade.

Autor: Prof. Luiz Machado

O austríaco Hans Selye (pronuncia-se /’zelj?/*) formulou o conceito da Síndrome Geral de Adaptação (SGA) para explicar que as doenças são manifestações do organismo frente ao desequilíbrio neuro-hormonal.

Selye foi quem empregou, pela primeira vez, no campo da medicina, o termo da língua inglesa stress (adaptado para o português como “estresse”), tirado da física, e que significa “a força por unidade de área atuando num determinado material e tendente a mudar sua dimensão, isto é, a causar tensão”.

Em se falando de estresse, temos de considerar o bom e o mau estresse.
O bom estresse (eustresse, com o elemento grego eu, "bom" mais estresse) não é doença; é uma reação normal do sistema mente/cérebro/organismo. (Aliás, o estresse nunca é doença; ele pode, sim, gerar as condições para a doença se estabelecer), O “mau estresse” chama-se, em inglês, distress (adaptado para o português como “distresse”, do grego dys, por contraposição ao elemento grego eu).

O estresse é positivo quando ligado à emoção de realizar coisas, à emotização com que visualizamos um resultado, pois nesse caso ele traz energia.

Quando a pessoa tem objetivos corretamente estabelecidos, vai atrás dos resultados, age com determinação, o estresse criado é muito bom, mesmo porque não dá chance a que o mau estresse apareça.

O estresse é negativo quando é resultado de preocupação, de dúvida, incerteza, insegurança; enfim, de ansiedade.

O mau estresse surge principalmente quando a pessoa não sabe querer (Poder é saber querer), não tem um projeto de vida, não tem confiança em suas capacidades, pois tudo isso gera ansiedade, formando-se, então, o terreno fértil para o mau estresse prosperar.

O momento mais sublime de felicidade é o da auto-realização, mas nessa trajetória há os períodos de felicidade, toda vez que vemos a transformação de um sonho, de um objetivo em resultado. Assim, a felicidade é uma escolha. É possível transformar a desvantagem do mau estresse na vantagem do bom estresse.

Temos que emotizar (colocar entusiasmo, vibração) nos resultados que queremos de tal modo que essa emotização seja maior que qualquer preocupação, qualquer ansiedade e aí estaremos fazendo o estresse trabalhar a nosso favor.

A SGA tem três fases: alarme, resistência e exaustão. Na fase de alarme, o organismo, ao defrontar-se com um perigo, ou mesmo a simples ameaça de perigo, reage liberando adrenalina e outros hormônios, surgindo alterações instantâneas. Se o perigo passa, as substâncias secretadas são rapidamente metabolizadas e tudo volta ao normal. Se o perigo persiste, entramos na fase de resistência, na qual haverá comprometimento maior com liberação de cortisona, entrando-se na fase de exaustão, na qual haverá um desequilíbrio psico-neuro-endócrino.

Nesta última fase, surgem doenças graves e até morte súbita. Daí podemos verificar a importância da Emotologia, que é um conjunto de conhecimentos organizados para promover a mobilização de potencialidades humanas como elemento de auto-realização, para a pessoa poder lidar com seu SAPE, (Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie), isto é, com sua vida emocional.

*A pronúncia foi transcrita no alfabeto de fonética. Sua representação em português é /zélie/.

Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro
Mentor da Emotologia

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