quarta-feira, 16 de abril de 2008

Dicas financeiras.

Por Roberto Zentgraf
Respostas - Planejamento / Dívidas / Consumo

Juntei neste post todas as dúvidas que, direta ou indiretamente, envolvam Planejamento Financeiro, Dívidas e Decisões de Consumo, como por exemplo a compra de um automóvel.

Uma dica que dou aos meus fiéis leitores que me enviam perguntas é pesquisar o tema de suas questões em posts anteriores, onde já respondi dúvidas semelhantes e agrupo os esclarecimentos por assunto. Isso não só irá ajudá-los a aprimorar sua educação financeira, como ainda poderá sanar suas dúvidas enquanto minha resposta não chega! Gostaria de ter maior velocidade de processamento, mas infelizmente o tempo é curto, e as perguntas longas! Vamos lá?

Rodrigo (28/02) quer esclarecimento sobre Planejamento, e pergunta quanto a percentuais ótimos para um casal gastar com moradia, compras, lazer, etc. Prezado Rodrigo, isso irá depender da faixa de renda do casal e de seus hábitos de consumo. Não há regra fixa, mas acredito que 20-30% com moradia, 10-15% com cada filho, 5-10% com alimentação, 5-10% com lazer sejam bons números. Mas o que acho mais importante de tudo, já que você me perguntou sobre o assunto? (1) Reservar um dízimo para poupança (que pode ser em dinheiro ou na compra de um imóvel por exemplo); (2) Sempre fazer as contas e o planejamento; (3) Colocar metas, e aí é interessante você ter um histórico dos últimos meses (ou anos) para não inventar percentuais irreais; (4) Acompanhar mês a mês a evolução das receitas e gastos, confrontando com suas metas: por exemplo, se você estabeleceu gastar R$2.400 em lazer no ano, até abril sua meta deverá ser de 4/12 deste total, ou R$800; (5) Para metas que tenham sido estouradas, tentar compensar nos meses seguintes ou em outros itens - por exemplo, se o lazer estourou, ande menos de carro... (6) Faça disso um hábito e repasse para os demais membros da família; tente fazer disso um plano para algo bom no futuro, tipo uma viagem, a troca de carro, ou de apartamento, etc. Paciência e um grande abraço!

Bia (10/03) tem dívidas no cartão, e, por estar desempregada, quer fazer um empréstimo com o pai, que tem um CDB cujo rendimento permite que ele pague o plano de saúde. Pergunta-me se ele retirar parte da aplicação ele perde o rendimento? Prezada Bia, infelizmente ele irá perder, não todo, mas parte do rendimento, proporcional ao valor que será "baixado" da aplicação. Mas, qual o pai que não faz o que pode e o que não pode para ajudar um filho(a) em dificuldades? Minha sugestão: se ele topar, pegue o empréstimo, liquide o seu sufoco, e, um dia, quando sua situação melhorar, devolva o valor tomado emprestado. Com certeza ele vai achar sua postura bem legal, além de perceber que você é boa "cliente", tem crédito na praça. Adicionalmente, se possível, enquanto não conseguir devolver o valor que pegou, pague a ele o rendimento que ele deixou de receber (deve ser pouca coisa, pelos valores que você menciona). É uma forma de ninguém sair perdendo e você evitar a cobrança escorchante dos juros do cartão. Boa sorte e depois me conta o que aconteceu, pode ser? Um grande abraço!

Cristina (10/03) está animada em adquirir um automóvel, tem o dinheiro para comprá-lo à vista, aplicado em Poupança. Entretanto irá se submeter a uma cirurgia que a deixará impossibilitada de dirirgir até julho. Outros detalhes que ela ainda comenta: não dirige muito bem, e mora perto do trabalho. Pelo que entendi, sua maior dúvida é se os preços irão subir e assim não conseguir adquirir o automóvel. Prezada Cristina, algumas observações: (1) Para que a pressa? Não acredito que os preços bão subir: veja os jornais e a mídia que não se cansa de anunciar recordes na produção automobilísitca. Ou seja, não está cara de cenário com alta de preços. (2) Para que o carro se você vai dar pouco uso a ele? Já pensou nos outros custos de um automóvel, tipo seguro, desvalorização (20% do valor para o primeiro ano), estacionamento, etc? A gasolina é o de menor peso, acredite; (3) Se v. já tem o hábito de poupar, continue... garanto que ao final de 2 anos, a opção poupança vai proporcionar muito mais prazer do que um carro. Mas, não posso me meter em sua decisão, se este é um sonho antigo, o que fazer, né? Um grande abraço e depois me conta o que você decidiu!

Pascal (13/3) vai fazer um financiamento de R$20.000 e o banco anuncia uma taxa de 2,20%am, além de TAC de R$200 e IOC de R$245,61 debitado por ocasião da liberação dos recursos. Quer saber qual o Custo Efetivo Total de seu financiamento. Prezado Pascal, na realiade , para a prestação anunciada de R$1.919,52, a taxa que o banco cobra é de 2,24%am, incidente sobre o saldo devedor. Entretanto, considerando que você não irá receber os R$20.000 por conta da TAC e do IOC, a taxa efetiva total (atualmente chamada de CET) é de 2,6143%am ou 36,30%ao ano. Você pode confirmar estes valores utilizando a calculadora do cidadão, no site do Banco Central do Brasil, www.bcb.gov.br/?PRESTFIXA; use os argumentos aqui expostos para dialogar com o banco, ok? Um abraço e boa sorte!

Eva (31/03) solicita alguma indicação para que ela consiga orientação de como ajustar seu orçamento. Prezada Eva, não tenho um nome específico para indicar nesta área, mas acredito que há empresas que possam fazer isso, cobrando alguma taxa de consultoria. Dê uma pesquisada na Internet, sob o título "orçamento doméstico" ou "finanças pessoais", e em seguida ligue para ver preços, etc. Boa sorte e um grande abraço!

Saudações financeiras!

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